HISTÓRICO – Ponte Alta do Tocantins.
Ponte Alta do Tocantins é um município brasileiro do Estado do Tocantins. Localiza-se a
uma latitude 10º44’38” Sul e a uma longitude 47º32’10” Oeste, estando a uma altitude de 294
metros. Sua população estimada em 2004 era de 6 135 habitantes.
Possui uma área de 10082,1 km2.
Ponte Alta nasceu por causa do rio que lhe dá o nome; foi por causa dessas águas que a
cidade nasceu à sua margem esquerda. O nome do rio surgiu da necessidade de travessia dos
viajantes nordestinos que “ambulavam” para Natividade, Almas e outras cidades de Goiás
(maio/junho chegavam com mercadoria e no começo do inverno voltavam com boiadas para o
nordeste); mas que encontravam dificuldade, pois não existiam barcos, pontes ou moradores nas
margens do mesmo, apenas uma grande árvore caída que o atravessava de um lado ao outro e
que possibilitava o trânsito das pessoas. Como era uma “pinguela” muito alta, ficou conhecida
como ponto de referência, “ponte alta”, derivando daí o nome do rio e posteriormente do
município.
O local demonstrava boas matas de cultura, campos e clima ameno o que atraiu pessoas
para essa região. Foi o caso do primeiro morador, o Sr Pedro Lucas, um canoeiro, pescador
conhecido por Pedro Taca que vivia no local com a família.
A ocupação aconteceu, principalmente, pela migração do sul do Piauí, do Maranhão e
Bahia no final do século XIX.
Seus habitantes encontraram muita abundância de campo e terrenos virgens de boa
cultura na região e tinham como atividade a agricultura, a pecuária de pequeno e médio porte e a
farta exploração da caça e da pesca. A vida era simples, apesar de muito custosa, pois não havia
estradas, nem transporte a não ser o de tração animal.
No processo de ocupação essas pessoas sentiram necessidade de se agrupar e se
organizar em espaços comuns como comércio, escolas e até mesmo instituições públicas
necessárias.
Em 1909 o fazendeiro Capitão Antônio Mascarenhas, considerado um dos pioneiros da
região e com família numerosa, comprou as terras do Sr. Pedro Luca (Pedro Taca) e mudou-se
para esse local, às margens do Rio, com o objetivo de dar início à articulação para fundar o
povoado. Nesse processo foi apoiado pelos políticos da cidade de Porto Nacional, da qual essa
região fazia parte: Dr. Francisco Aires da Silva, Tenente Coronel Benício Pinheiro de Lemos e os
fazendeiros da região.
O Capitão Antônio Mascarenhas construiu sua casa, o que marcou o início da sede do
Distrito, seguido de outras famílias como do Senhor Manoel Mascarenhas, Tomás Mascarenhas,
Antônio Rufo e outros.
No processo de organização do povoado de Bom Jesus de Ponte Alta foi transferida a
Escola Primária da Fazenda Mata Nova, que de início era particular e teve como professores:
Major Silvério Manoel Martins de Sousa e Francisco Gabriel de Sousa, (ambos da comunidade),
em seguida foi nomeada a professora Helena Rodrigues, vinda de Porto Nacional e que se tornou
a 1ª professora nomeada dessa região. Foram transferidos, também a Sede do Juizado e o
Cartório do Registro Civil dessa Fazenda que servia como sede do então Distrito do Jalapão. O
Senhor Silvestre Medeiros era Promotor Público em Porto Nacional e teve influência nessa
transferência, sendo que mais tarde, também fixou residência no novo povoado. O Juiz Distrital
era o Senhor Antônio Mascarenhas (Antoninho) e o Oficial do Registro Civil o Sr. Maximiniano dos
Anjos.
Em 07 de julho de 1909 foi realizado o primeiro casamento civil em Ponte Alta, do Senhor
Eliontino Pinto Magalhães e Francisca Costa de Sousa, tendo como escrivão o Sr. Francisco
Gabriel de Sousa.
A primeira capela foi construída nesse ano e teve Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
como Padroeira; a primeira missa foi celebrada no dia 06 de agosto por Frei Bertrand, Padre da
Diocese de Porto Nacional.
Ponte Alta do Tocantins- Histórico
Em 17 de maio de 1913, através Lei Municipal nº 67, art. 8º, foi transferida a sede do
Distrito de Jalapão para a nova localidade, tendo sido instalada com o nome de Bom Jesus de
Ponte Alta do Jalapão. A instalação aconteceu em 23 de agosto de 1913. Esse ato oficial
aconteceu na casa do Capitão Silvestre Ferreira de Medeiros e definiu como autoridades do
distrito os Senhores: João da Fonseca Galvão (Sub-Intendente do Distrito), Luis Antônio de Sousa
(Agente fiscal), Tomaz Mascarenhas (Agente fiscal substituto), Rufino Francisco Amaral (Escrivão
do Registro Civil); Manoel Mascarenhas, Agostinho Gonçalves dos Santos, Alexandre Rodrigues
Nogueira e outros. Nesse ato também foram organizadas as demarcações e limitações do Distrito,
bem como a divisão dos terrenos e logradouros públicos.
Em 1918 foi construída uma Igreja, como cumprimento de uma promessa do Intendente
João da Fonseca Galvão, com o auxílio dos demais habitantes do Distrito, sendo designada a
Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, a qual prevaleceu até 1921 quando, por
sorteio público do qual participaram os habitantes do Distrito, foi escolhido o Padroeiro Bom
Jesus. Concorreram ao sorteio os nomes de três santos que já eram cultuados naquele tempo:
Senhor Bom Jesus, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Divino Espírito Santo, ficando os dois
últimos como Padroeiros secundários. A partir daí a celebração do padroeiro, que antes se dava
no dia 08, passou para o dia 06 de agosto e os festejos seguem com as alvoradas pela
madrugada, levantamento dos mastros com capitães e noiteiros. Algumas alterações foram feitas
para adaptar a questão dos calendários e a missa de Nossa Senhora passou para o dia 05 de
agosto.
O esperançoso povoado de 1919 a 1921 foi vítima de invasão de jagunços, que
devastaram toda a região do norte do Estado, causando reações entre os moradores locais com
lutas sangrentas e sacrifício de algumas famílias resultando na fuga da maioria; permaneceram
apenas como baluartes da resistência as famílias do Sr. Antonio Rufo e de Dª Maria Inácia.
Por volta de 1922 a paz foi restabelecida. Todos aqueles que haviam se retirado
regressaram aos seus lares e recomeçaram a luta pelo crescimento do povoado. Nesse retorno
veio a família da professora pública Joana Mascarenhas Medeiros que havia se transferido para
Porto Nacional; a partir daí ela assume como professora nomeada do povoado.
Por volta de 1926, inesperadamente houve outra invasão com a violenta passagem da
Revolta Tenentista por esta região, com uma jagunçada fortemente armada. O povo indefeso
tinha como alternativa apenas se esconder pelos matos quando dava tempo de fugir; aqueles que
eram encontrados em suas casas eram agredidos, açoitados até dar as informações precisas a
respeito das condições financeiras dos próximos fazendeiros, resultando em muita destruição.
Muitas pessoas de boas condições por onde a revolta passou ficaram arrasadas; até a década de
1930 as pessoas conviviam assustadas prevendo o ataque de jagunços; mesmo o tradicional
município de Porto Nacional foi atacado por bandidos sob o comando do jagunço Julim.
Em 1935, o Distrito é elevado à categoria de vila, denominada Vila Bom Jesus de Ponte
Alta; em seqüência cronológica foram nomeados como subprefeitos da Vila o Senhor Manoel
Messias dos Santos, em 1935; a Senhora Ana Angélica Turíbio Paiva, em 1937; e, nos anos
subseqüentes, os Senhores Deocleciano Barbosa, Sebastião Magalhães Fontoura, Vermundes
Gonçalves dos Santos, Aniceto Soares e Manoel Monteiro Neto. O último Sub-prefeito foi o sr.
Manoel Monteiro Neto que construiu o mercado público da praça, a ponte sobre a Piabanha foi
construída na gestão do Sr. Sebastião Fontoura.
O primeiro Exator Estadual foi o Sr. Dionísio Sousa, depois Sr. Pedro Pinto, seguido de
Dortoveu Maranhão Machado, Leôncio Lima de Sousa e Izaltina Mascarenhas de Sousa.
Em 1944 a Vila Bom Jesus de Ponte Alta recebe outro nome, Vila Iabetê, essa
designação foi dada por Goiânia, então capital do estado; os moradores não entenderam o porquê
desse nome e não o aceitaram, porém o mesmo permaneceu até sua emancipação.
Desde o início da década de 1930 já existia escola informal em Ponte Alta e a Senhora
Joana Mascarenhas Medeiros, esposa do capitão Silvestre Ferreira Medeiros, dava aulas em uma
residência que possui duas salas de aula.
A educação pública no país, organizada em instituições, tem início na década de 1930. Em
Iabetê chega em 1949, quando foi construída pelo Governo Estadual a primeira escola oficial
denominada Escola Reunida Eurico Gaspar Dutra que, segundo a ata de inauguração, se instalou
aos 11 dias do mês de junho de 1950, com duas salas de aula, tendo como professores: Imelda
Medeiros Galvão, Eva Mascarenhas de Sousa Costa e o Senhor Sabino Ferreira Medeiros
(Medeirinha), substituindo sua mãe Joana Medeiros.
Ponte Alta do Tocantins- Histórico
Em 1962 foi inaugurado e instalado o primeiro Grupo escolar com o nome de Grupo
Escolar Joana Medeiros, em homenagem à 1ª professora do lugar, no qual era ministrado o então
Ensino Primário, hoje Ensino Fundamental, até a 4ª série. Em 1970 foi construído um prédio
escolar cujo nome era grupo escolar Odolfo Soares em homenagem ao primeiro prefeito eleito, o
Senhor Odolfo Soares. Na época era Governador do Estado Otávio Lage e Prefeito Municipal
Artur da Silva Barros. No dia 27 de janeiro de 1971 foi inaugurado e instalado o Grupo Escolar
“Odolfo Soares”. Pela Lei 02/71 de 08 de março de 1971 foi criado o Ginásio Municipal de Ponte
Alta do Norte.
O projeto de emancipação da Vila foi apresentado pelo representante do Distrito na
Câmara Municipal de Porto Nacional, o Vereador José Ribamar da Silva Costa, sendo aprovado
em 14 de novembro de 1958 – Lei 2126 de 14/11/1958 – dando origem ao Município de Ponte
Alta do Norte, instalado em 1º/01/1959.
O primeiro chefe do Executivo foi o Senhor Albeny Ferraz Machado, nomeado prefeito
interino, exercendo o cargo por dois anos.
– O 1º Vereador de Ponte Alta foi o Senhor Sebastião Magalhães Fontoura.
Em 1960 é promulgada a 1ª Lei Orgânica do Município (05/04/1960). A partir de então, os
prefeitos passaram a ser eleitos.
Em 23 de agosto de 1961 foi nomeada a Oficial do Registro de Imóveis a Senhora Maria
Tereza Barreira (Bieca); os livros necessários aos registros de imóveis foram buscados em
Gurupi, a cavalo. Em 1964 ela assumiu o cartório através de concurso.
A primeira eleição para o Executivo Municipal aconteceu em 1960, quando foi eleito o
Senhor Odolfo Soares, os primeiros vereadores eleitos foram: Vermundes Gonçalves
(Presidente), Jaso Correia (Vice-presidente), Cristóvão (1º Secretário), Alonso (2º Secretário),
Sinobilino, Nicolau e Manoel Pastora – A posse foi no Grupo Escolar Escolas Reunidas; o Juiz
Feliciano Machado deu posse à Câmara de Vereadores de Ponte Alta e em seguida a Câmara
deu posse ao Prefeito Odolfo Soares (31/01/1961) que governou até sua morte em 1964, quando
assumiu o Sr. Idelfonso Barreira Parente (31/01/1965 – 31/01/1966).
Em seqüência cronológica estão abaixo citados os prefeitos eleitos de Ponte Alta.
– José Ribamar da Silva Costa – dois mandatos (1966/1970 e 1973/1976);
– Artur da Silva Barros – dois mandatos (1970/1973 e 1983/1988);
– José Frazão Parente Filho (1977/1982);
– Aldemir Soares Azevedo (1989 /1992);
– Luís Carlos Alves de Queiróz (1993/1996);
– Artur Alcides de Souza Barros (1997/2000);
– Luís Carlos Alves de Queiróz (2001/2004);
– Artur Alcides de Souza Barros (2005/2008).
– Cleyton Maia Barros (2009-2012)
– José Aparecido de Araujo Filho (2013-2016)
– Kleber Rodrigues de Sousa (2017-2020)
Com a criação do Estado do Tocantins, em 5 de outubro de 1988, Ponte Alta do Norte
muda mais uma vez seu nome, agora para Município de Ponte Alta do Tocantins.
Em 23/01/1989 foi criada a Comarca de Ponte Alta do Tocantins, compreendendo os
seguintes municípios: Ponte Alta do Tocantins (como sede), Mateiros e Pindorama.
A primeira Lei Orgânica do Município após a Constituição de 1988 foi promulgada em 05
de abril de 1990.
Ponte Alta do Tocantins é quase uma ilha, pois é cercada por vários rios (Ponte Alta, que
corta a cidade e forma a Praia do Tamburi, Balsas Mineiro, Vermelho, Soninho e Caracol),
córregos (Piabanha, Resfriado, Estiva, Água Limpa, Mulato e Cambaúba), cachoeiras (Lajeado,
Brejo da Cama, Soninho e Fumaça).
Ponte Alta do Tocantins- Histórico
Uma curiosidade: conforme relatava Adão Rufo, para sair de Ponte Alta sem passar por
nenhum dos córregos que a circunda, é preciso passar entre as cabeceiras dos Córregos Água
Limpa e Zezinho, onde tem uma faixa de terras de aproximadamente 600 metros.
O tempo passou e Ponte Alta de povoado se transformou em uma pequena cidade. Com o
tempo muitos hábitos e costumes se perderam até mesmo pela força do progresso. Entretanto é
preciso que esses aspectos culturais sejam conhecidos.
– A pista de pouso de frente ao hospital foi roçada na década de 70, o Pe. Alano ajudou
nessa empreitada.
– Os partos eram feitos pela parteiras: Mãe Quinha (Retiro), Maria Pereira (Água Suja),
Fulô (Palmeiras) e Sinhá na cidade. As doenças mais comuns eram impaludismo e verminose,
febre amarela, paralisia e coração (morte ligeira); como não tinha médico tratavam-se com raízes,
ervas, chá de mato; quando a doença era mais grave se colocava o doente em uma rede e o
levava para Porto Nacional; depois que roçaram o campo de pouso se pedia um teco-teco, se ia a
cavalo a Porto ou se trazia o médico, restando ainda a alternativa de se levar o enfermo a Porto
Nacional e, de lá, para onde fosse preciso.
– A comunicação era por carta quando se tinha uma oportunidade de postagem,
geralmente através de algum parente ou vizinho.
– A diversão era o rio, as festas, brincadeiras de rua (brincadeira de rodas, casamento
oculto, passar o anel, etc.) e datas comemorativas. Nos “bailes da sociedade” não entrava gente
de cor, quem não tivesse terno e mulheres “faladas”. As moças iam aos bailes com os pais,
dançavam com os mesmos e com outras mulheres, o namoro fluía através de cartas e sob os
olhos dos pais.
– A religião era a católica, portanto todos os eventos ligados à mesma movimentavam a
cidade. Nos tempos mais remotos no mês de maio a Igreja ficava enfeitada com flores silvestres,
cada pessoa tinha uma atribuição; à noite se rezavam os terços, motivo de reunião para os
jovens. Não tinha padre residente e apenas nas datas especiais vinha um de Porto Nacional.
Junho era o mês das quadrilhas e no dia de São Pedro (Santo das viúvas) pulava-se fogueira
onde os jovens faziam compromissos ao redor da mesma e se brincava de chamar as amigas por
nomes carinhosos. Em agosto havia os Festejos de Ponte Alta, os quais acontecem até hoje,
com os padroeiros Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Divino Espírito Santo e Bom Jesus; cada
noite tinha um responsável, fazia-se bolo, café que eram distribuídos; tinha as alvoradas, os bailes
do dia 28/07 a 06/08. Fazia-se, ainda, a lamentação das almas – que consistia em encenar uma
ida ao cemitério e, depois, se colocava um lençol na cabeça e ajoelhava no terreiro da casa do
vizinho cantando: “alerta, alerta, pecador alerta, olha que a vida é curta e a morte é certa”; se fazia
isso em todas as casas utilizando um zumzum que girava e a matraca. Quando da Festa do
Divino as mulheres faziam bolo no forno de barro e pilavam o arroz no pilão; era um dia apenas a
festa com o terço, mas os preparativos levavam dias. Na folia das almas se usavam tambor,
pandeiro e violão para os acordes das cantigas; ouvia-se o tambor de longe, as pessoas
esperavam, vinha o alferes com a bandeira e 12 homens (os foliões) entravam na casas,
cantavam e os donos ajoelhavam, colocavam a bandeira sobre os mesmos, rezavam e cantavam;
depois o dono da casa pedia as catiras e as músicas de rodas que eles mesmos faziam. “Era uma
festa gostosa porque era só gente boa”, conforme relato de Dª Rosinha. Esta folia acontece até os
dias atuais, com alterações.
– O rio além do nome à cidade é seu referencial de diversão; desde cedo foi motivo de
alegria; os jovens brincavam de lamba (um pegar o outro após o mergulho precedido da palavra
“lamba”); desciam o rio brincando e visitando os “portos” (porto de Vó Joaquina, de Izaltina ,de Dª
Otávia); banhava-se sem roupa sendo que ninguém molestava ninguém; as brincadeiras de
davam por suas veredas e margens.
– Os velórios eram verdadeiros eventos durante os quais as pessoas pegavam os bancos
da Igreja e se ficava contando histórias e dizendo poesias. As casas enchiam para o último adeus.
Como não havia funerária os marceneiros passavam a noite fazendo o caixão.
– As viagens a Porto levavam três dias a cavalo apenas para a ida; parava-se na beirada
dos rios onde se comia carne assada, farinha com rapadura e frango frito com farinha.
“A coisa que a gente mais ama é a terra onde a gente nasceu; a coisa que eu mais amo…”
(Dª Rosinha)
Ponte Alta do Tocantins- Histórico
O primeiro carro que chegou a Ponte Alta foi um Jeep do Sr. João Pires Querido em 1949,
ocasião que foi construída uma pista de pouso rudimentar e desceu o primeiro avião também de
propriedade do mesmo.
Em 1939 veio de Pedro Afonso a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro numa
viagem de animal que coincidiu com a primeira visita do Bispo francês D. Alano Maria de Noday
que consagrou e entronizou a imagem no lugar de honra na Igreja. Essa imagem foi presente do
Senhor Dortoveu Maranhão Machado, Coletor Estadual da Vila nessa ocasião, conforme relato de
Dna. Eva Costa.
Os pioneiros no transporte coletivo foram o Srs. Davi Rios, tendo Seu Zé como motorista; o
caminhão de linha foi do Senhor Raimundim Silva; havia um salão de dança de Chico Rufo, vindo
depois o Zanzebar e o Brasilidancing.
Os primeiros comerciantes de Ponte Alta foram José Medeiros (Zuza), Tomaz
Mascarenhas e João da Fonseca Galvão.
Em 1962 chegou a 1ª geladeira de Ponte Alta que era movida a gás e pertencia ao Sr.
Amilson Barreira Reis que tinha uma venda. O refresco gelado era muito procurado e as pessoas
vinham de longe para experimentá-lo. O 1º fogão a gás, panela de pressão, banheiro com caixa
d’água e televisão foram de Dª Bieca.
Nos eventos educacionais além dos jograis e poesias recitadas havia as peças teatrais
que se chamavam Dramas. Esses até a década de 1980 eram motivos de intercâmbio com outros
municípios próximos.
A Srª Judith Gomes Soares foi a 1ª Secretária do prefeito interino de Ponte Alta, o Sr.
Albeny Ferraz Machado.
Coletânea realizada e organizada por:
GEMIMA GERTRUDES BARREIRA CAVALCANTE
AGRADECIMENTOS:
– Terezinha de Jesus Mascarenhas Moreira – relatos;
– Cristóvão Rodrigues da Cunha – relatos;
– Eva Mascarenhas Costa – relatos;
– Pe. Alano Azevedo Soares – relatos;
– Maria Tereza Barreira (Bieca) – relatos;
– Roa Souza Matias – relatos;
– Izaias Cirilo Pugas (Batista);
– Daniel Souza Matias – revisor.